A Utopia - Núcleo Português da Arte Fantástica teve o seu início dia 1 de Abril de 2008 utopia.npaf@gmail.com
966327268

sábado, 10 de maio de 2008

HÉLIO CUNHA





"Movimentos de um visionário" 70x60 cm óleo sobre tela 2008

(Viagem irracional ao passado ao equilíbrio e à contenção da vertigem).


"O bastardo" 60x70 cm óleo sobre tela 2007

(imagem irracional, persistente, do mal amado, do pequeno assassino, do filho da grande prostituta).




"Os amantes eternos" 100x800 óleo sobre tela 2007

(Minúsculos os amantes, perante a dimensão e grandiosidade da sua paixão... "interpretação aleatória após a execução da obra").


____________________________________

Hélio Domingues da Cunha nasceu na Penha de França em Lisboa.

1980 - Inicia em Inglaterra estudos e experiências no domínio das artes plásticas. 1982 - 1º Prémio em pintura nas Comemorações do Centenário das Telecomunicações. 1986 - O Mito e a Máscara, Sociedade Nacional de Belas Artes; colecção do Walsall Metropolitan Museum em Inglaterra. 1987 - Colecção da Sociedade Martins Sarmento, Guimarães; colecção do Museu Condes de Castro Guimarães, Cascais. 1988 - O Crepúsculo dos Mitos, Galeria Municipal de Sintra; colecção do Museu de Arte de Macau, Republica Popular da China. 1989 - Colecção do Museu do Chiado; colecção do Museu Estadual do Recife, Brasil. 1990 - Gineceu, Galeria da Junta de Turismo da Costa do Estoril. 1991 - O Abismo do Paraíso, Galeria Diário de Notícias. 1992 - Voz Placentária, Galeria Municipal da Amadora; Galeria do Casino Estoril. 1993 - “Exposed”, Walsall Art Gallery, Inglaterra; “Criarte”, Centro Cultural de Belém. 1994 - Sede da Caixa Geral de Depósitos; Bienal de Sabugal e Ciudad Rodrigo; Um filme sobre a sua obra, realizado por Álvaro Queirós, figura nos arquivos do ANIM (Cinemateca Portuguesa) 1996 - Homenagem a Artur Bual, Galeria Municipal da Amadora. 1998 - Salão Nobre da Alfandega do Porto. 1999 - Arcata, Alfa Laval Art Association, Lund, Suécia; Galeria de Exposições Temporárias do Centro Cultural de Belém; “50 Anos de Pintura e Escultura em Portugal”, Palácio Foz; colecção da Fundação Oriente. 2000 - Dorian Gray e Outras Pinturas, Centro UNESCO do Porto; Galeria Iosephus; colecção da Fundação Eng. António de Almeida. 2001 - Museu da Água, Lisboa. 2004 - Les Amants Tristes, Convento de S. José, Lagoa; Paradisaea Raggiana, Centro de Arte Contemporânea da Amadora; II Feira de Arte Contemporânea, Centro de Congressos do Estoril; Paço da Cultura da Guarda. 2006 - Membro do júri de selecção do Prémio de Pintura e Escultura Artur Bual. 2007 - A Idade de Ouro, Galeria de Arte Moderna, Sociedade Nacional de Belas-Artes; Homenagem a Cruzeiro Seixas, Galeria Municipal da Amadora; MAC, Movimento Arte Contemporânea. 2008 - A Sonâmbula e outras Pinturas, Câmara Municipal de Lisboa, Edifício Central; Homenagem a António Inverno, Galeria Municipal de Aljezur; colecção da Fundação Cupertino de Miranda.


A representação dos símbolos predomina através dos quadros de Hélio Cunha, que se fixa no mistério da sabedoria oculta, no enigma do ser, nas conexões do sagrado com o quotidiano. Todavia, Hélio Cunha alarga o campo de investigação plástica, no jogo de figuras, sinais e energias cromáticas, aos fundamentos que deram razão de ser ao mundo antigo e se mantiveram, sob outras formas e esquemas conceptuais, em sucessivos quadros de civilização e cultura.
António Valdemar

A cor é tratada por este artista dentro de um critério estético perfeitamente semelhante àquele com que determinados instrumentadores ou orquestradores encaram o fenómeno do timbre que muitos apontam, e penso que bem, como a equivalência sonora da cor.
Foi percorrendo esse caminho que não tive dúvidas em considerar que estamos perante um notável Artista, e contador de histórias, cujo melhor conhecimento a todos enriquecerá.
António Victorino de AlmeidaMudando os processos, codificando a linguagem ou graduando a intensidade e o rigor das mensagens, Hélio Cunha recorre ao surrealismo simbólico para nos transmitir, em plenitude, a força e a determinação da sua autenticidade.
Edgardo Xavier

O Hélio tem essa vertente de abarcar os poetas, os símbolos da grande clausura até ao infinito.
Eduardo Nascimento

Em cenários de luz e sombra, a perspectiva define e indefine a diferença de escala porque, quantas vezes, o que está longe, sendo pequeno, se torna subitamente grande, e o que está perto, sendo grande, se torna pequeno. Neste jogo de ambiguidades, aparentemente contraditórias, o pintor é exímio a desafiar a lógica das proporções.
Neste teatro imaginário, os objectos-personagens, esculpidos em pedra, em metal e em vidro, apropriam-se do espaço envolvente, como peças de um puzzle enigmático, que aceita todas as combinatórias e alternativas, em diferentes contextos, que a rigorosa e quase obsessiva determinação do autor proporciona, numa constante relação com o carácter imprevisível da lei do acaso, que o sonho acentua e enaltece.
Eurico Gonçalves

Hélio Cunha tem também a seu favor a cor, energia cromática que reitera o seu mundo enquanto esfera, hermético, onde o antigo combina com o futuro, com valores do imaginário, com o visível e o que podemos vir a saber captar.
O Artista fixa-se no indecifrável mistério do Cosmo, onde a mulher tem um papel primordial para desvendar o enigma do ser nas conexões do sagrado com o profano, do sagrado com o quotidiano.
Margarida Botelho

A aventura poética é total, ou não existe.
A arte viva é o código dos códigos, é ela que os funda e as suas obras resistem mais do que eles.
É consolador penetrar no processo mágico, passar, não apenas a sonhar, mas a fazer sonhar.
Rui Mário Gonçalves

O grande acto é o de acrescentar mistério ao mistério. Sem mistério morreríamos de sufocação. O que exijo vai para além da imaginação, é a memória multissecular, a memória cósmica. A verdade é que não se pode olhar uma destas telas sem reagir. É tão excessiva a força das imagens, que por vezes se aniquilam entre si. Esta forma de lucidez leva à desesperança e à revolta; caminhamos para a tensa linha do horizonte, sempre em fuga. Há que tomar em conta esta obra obsessiva, como há que tomar em conta a sua perfeita execução técnica. A soma destes elementos não pode deixar de ser notada, trazendo-nos à memória o espaço imenso da floresta surrealista.
Resta-me felicitar Hélio Cunha, na minha posição clara de não crítico nem ensaista. Evidente se torna que é um erro ocultar esta já extensa e significativa obra; o tempo tem o vai-e-vem das marés, levando e trazendo, ocultando e redescobrindo obras que, pelo menos, são um comovente documento humano.
Cruzeiro Seixas

Sem comentários: