A Utopia - Núcleo Português da Arte Fantástica teve o seu início dia 1 de Abril de 2008 utopia.npaf@gmail.com
966327268

sexta-feira, 4 de junho de 2010

ISAFRE





A minha boneca “Bruxa” 75x50 cm Acrílico sobre tela 2009

Dali ciclope pormenor o filho de Ângelus 70x50 cm Acrílico sobre tela 2005

Paisagem imaginária 50x70 cm Acrílico sobre tela 2003

_________________________


Isafre

Data de nascimento? – Janeiro de 1949 (no decurso da exposição do Grupo Surrealista de Lisboa).

Naturalidade? – Mais de água que de terra. Da foz do Tejo e da foz do Sado. De Lisboa e de Setúbal. Por nascimento, por percurso de vida. Em ambos os rios.

Pintura e desenho? – São MEMÓRIAS Verdadeiras porque vividas.

De mundos, cidades e gentes há muito desaparecidos. Talvez apenas sonhados.

- De uma infância encharcada de rio e de Mar. Em fusão coma Serra – Mãe. Em quimeras do Infinito.

- De ”estórias” e contos sussurrados no mistério de escuras noites por uma avó pitonisa e camponesa. Selvagem e solitária.

- Memórias com sabor a sal.

- De Sal de Mar – Em delírios precoces de azul: celeste, cobalto… turquesa. Do azul fundo do Mediterrâneo. A dissolver-se, a insinuar-se mansamente em águas atlânticas. A trazer e misturar odores e sabores mágicos. De plantas e costumes antigos. Mais ainda que as estátuas olhadas sorrateiramente ao adormecer.

“O Hermes”, de Lisipo. A “Vitória de Samotrácia.

Amores alados e perdidos sob o olhar perene de Ísis em páginas gastas de livros.

- De Sal do sangue – Na volúpia do vermelho tardio. Cor pecaminosa. A recordar o conto de Andersen. Cor proibida.

A lembrar o entrever do “Marat” de David. De longa e penosa despedida. A misturar-se dolorosamente com o negro. Como na “Casa de Bernarda Alba”. Memórias

Altares sacrificiais. Minóicos. De Mitra. Peninsulares e atávicos.

Perdidos ou vividos em sufocantes tardes de estio?

Azul, Vermelho. Negro. Negro da “noite antiquíssima” e sagrada.

A cobrir tudo com seu manto…

SÓ MEMÓRIAS

Isafre (isabel Montargil)


Sem comentários: