A minha boneca “Bruxa” 75x50 cm Acrílico sobre tela 2009
Dali ciclope pormenor o filho de Ângelus 70x50 cm Acrílico sobre tela 2005
Paisagem imaginária 50x70 cm Acrílico sobre tela 2003
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Isafre
Data de nascimento? – Janeiro de 1949 (no decurso da exposição do Grupo Surrealista de Lisboa).
Naturalidade? – Mais de água que de terra. Da foz do Tejo e da foz do Sado. De Lisboa e de Setúbal. Por nascimento, por percurso de vida. Em ambos os rios.
Pintura e desenho? – São MEMÓRIAS Verdadeiras porque vividas.
De mundos, cidades e gentes há muito desaparecidos. Talvez apenas sonhados.
- De uma infância encharcada de rio e de Mar. Em fusão coma Serra – Mãe. Em quimeras do Infinito.
- De ”estórias” e contos sussurrados no mistério de escuras noites por uma avó pitonisa e camponesa. Selvagem e solitária.
- Memórias com sabor a sal.
- De Sal de Mar – Em delírios precoces de azul: celeste, cobalto… turquesa. Do azul fundo do Mediterrâneo. A dissolver-se, a insinuar-se mansamente em águas atlânticas. A trazer e misturar odores e sabores mágicos. De plantas e costumes antigos. Mais ainda que as estátuas olhadas sorrateiramente ao adormecer.
“O Hermes”, de Lisipo. A “Vitória de Samotrácia.
Amores alados e perdidos sob o olhar perene de Ísis em páginas gastas de livros.
- De Sal do sangue – Na volúpia do vermelho tardio. Cor pecaminosa. A recordar o conto de Andersen. Cor proibida.
A lembrar o entrever do “Marat” de David. De longa e penosa despedida. A misturar-se dolorosamente com o negro. Como na “Casa de Bernarda Alba”. Memórias
Altares sacrificiais. Minóicos. De Mitra. Peninsulares e atávicos.
Perdidos ou vividos em sufocantes tardes de estio?
Azul, Vermelho. Negro. Negro da “noite antiquíssima” e sagrada.
A cobrir tudo com seu manto…
SÓ MEMÓRIAS
Isafre (isabel Montargil)
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