A Utopia - Núcleo Português da Arte Fantástica teve o seu início dia 1 de Abril de 2008 utopia.npaf@gmail.com
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sábado, 2 de fevereiro de 2008

ANA MARQUES



"Se o homem engravidasse…" 75x55 cm acrílico sobre madeira 2001

(Se o homem engravidasse então o Homem masculino não guerreava)


"Se o homem engravidasse…" 116x89 cm acrílico sobre tela 2001

(Se o homem engravidasse então o Homem masculino não guerreava)





"Se o homem engravidasse…" 100x81 cm acrílico sobre tela 2001

(Se o homem engravidasse então o Homem masculino não guerreava)


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anA marques, natural de Lisboa.
Curso artístico –práticas e teóricas – Sociedade Nacional deBelas Artes
Temas de Estética e Teorias da Arte Contemporânea
Ciclo de Conferências “ Os Grandes Mestres do Desenho” – Mestre Lagoa Henriques
Referências
Representada na Fotobiografia de Camilo Pessanha - Dr. Daniel Pires
Referência ao trabalho no programa Entre Nós- RTP2- Exposição “Perseguindo a Utopia” Bocage e Zeca Afonso.
Exposições
Varias exposições colectivas e individuais.(Casa Bocage; Galeria Municipal Fitares; Museu de Arqueologia de Setúbal;.Escola Superior de Educação de Setúbal; Galeria/Livraria Ler Devagar; Sociedade Nacional de Belas Artes; Livraria Castil, Convento S. Domingos Santarém; entre outros
Obras em acervo:
AMI- Assistência Médica Internacional; Ministério das Finanças, Lisboa; Câmaras Municipais do Entroncamento, Alcanena, Setúbal e Lisboa; Associação dos Deficientes das Forças Armadas
Associação Portuguesa dos Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer; Escola Prática de Cavalaria, Santarém; Portucel; Cafés Nicola;Colecções particulares


Texto para o catalogo da exposição de final de curso.
Pensar a guerra deverá ter sido, ao longo dos tempos, uma actividade praticamente constante, no concerne à Humanidade. Para uns uma inevitabilidade inerente à conquista/manutenção do poder, para outros um fenómeno económico incontornável e na lógica puramente militar, uma profissão cuja remuneração é mais aliciante num cenário de guerra.
A partir do último quartel do século XX as politicas e estratégica foram significativamente alteradas. Os soldados não lutam corpo a corpo, o grande número de vítimas constitui-se como a população, indefesa mas sempre com um apego infindável à vida.
Não se enumeram, neste texto, as guerras, os carrascos e as vítimas. Certamente, pelas intensidade e quantidade, seria um trabalho, para além de ciclópico e sempre incompleto, imensamente triste.
O que surge com uma clareza é uma preponderância universal da masculinidade tal como define Hofstede -, na racionalização da guerra como forma de resolução de conflitos.
anA, por duas vezes, gozou, até ao mais intimo pormenor, a gestação e o parir.
Quer no processo, quer no evento, nos amores e nos prazeres da relação e do momento sublimaram e marcaram indelevelmente a rejeição às violências e, por maioria de razão, àquelas perpetradas pelo estado – o depositário único do assassínio legitimado.
O homem está num processo menos abrangente, humano mas não humanizante. Ama o seu filho e promove a guerra para bem do seu filho – o elemento de penetração de si no futuro. Ama o seu filho e provoca a morte do filho do outro homem. Chora a morte do seu filho mas exalta a morte do assassino do seu filho, que matou para não ser morto pelo filho do homem.
Exausta , anA marques resolve “ quase definitivamente” a questão em trabalhos “quase pragmáticos” no campo da lógica “quase matemática”. »Se o homem engravidasse então o Homem masculino não guerreava «, pinta.

Ernesto Rodrigues
Maio 2001

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